domingo, 16 de setembro de 2012

Implante no cérebro melhora a inteligência de macacos

Tratamento poderá, no futuro, ajudar pessoas com demência, derrames ou lesões cerebrais. É a primeira demonstração em primatas de uma prótese no órgão


Para o estudo, os pesquisadores treinaram cinco macacos a brincar de um jogo de ligar as imagens
Foto: AP/Don Ryan

Cientistas da Universidade do Sul da Califórnia desenvolveram um implante de cérebro que afiou a capacidade de decisão e restaurou a capacidade mental de macacos. É a primeira demonstração em primatas de uma prótese no órgão que eventualmente, através de ajustes de comunicação entre os neurônios, poderá ajudar pessoas com demência, derrames ou lesões cerebrais.

O equipamento, apesar de distante de um possível desenvolvimento para fins comerciais, dá aos pesquisadores um modelo sobre melhorar as habilidades mentais do córtex frontal do cérebro, que é responsável pelos atos de pensar e planejar.

 Para o estudo, os pesquisadores treinaram cinco macacos a brincar de um jogo de ligar as imagens. Os animais viam uma foto (um brinquedo, uma pessoa, uma montanha) e tentavam reconhecê-la minutos depois entre diversas reunidas em um mesmo lugar. Eram recompensados com um alimento a cada resposta correta. Depois de dois anos de prática, passaram a ter uma média de 75% de acertos nos exames fáces e 40% nos difíceis.

 Durante a pesquisa, foram implantados dois sensores nos macacos. Os dispositivos mediram a capacidade de decisão nos animais. Tudo que era pensado era registrado no computador. Durante o momento da escolha no jogo, o equipamento enviava um sinal ao cérebro dos animais, o que melhorava a performance em 10%.

 Na última década, cientistas desenvolveram implantes de cérebro que melhoram a visão ou permitem às pessoas deficientes usar o pensamento para controlar próteses ou mover o cursor de um computador. Outros estudos mostraram que o método funciona para desenvolver a memória de roedores.


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