segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Comer gordura em ‘hora certa’ pode emagrecer


Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém dizem que uma dieta rica em gordura em horários controlados pode emagrecer.
A prática também pode fazer com que o metabolismo não acumule a gordura ingerida e, sim, utilize-a para produzir energia.
O estudo foi conduzido pelo Instituto de Bioquímica, Ciência da Alimentação e Nutrição da universidade e divulgado na publicação científica da Federação de Sociedades Americanas de Biologia Experimental (Faseb, na sigla em inglês).
"Aperfeiçoar o metabolismo pelo agendamento cuidadoso das refeições, sem limitar o conteúdo do cardápio diário, pode ser usado como ferramenta terapêutica para prevenir a obesidade nos humanos", afirmou professor Oren Froy, que conduziu o estudo.
Pesquisas anteriores afirmavam que alimentar mamíferos com uma dieta rica em gordura prejudica o metabolismo e leva à obesidade. 
No entanto, os cientistas israelenses queriam determinar o efeito de combinar os alimentos gordurosos com um controle rígido do horário e da duração das refeições.
A hipótese estudada era a de que comer sempre na mesma hora regularia o relógio biológico e reduziria os efeitos da gordura que, em circunstâncias normais, causaria obesidade.
Aproveitamento da gordura Para comprovar a teoria, os pesquisadores alimentaram quatro grupos de ratos com dietas muito ou pouco gordurosas durante 18 semanas.
No grupo de controle, os animais comiam alimentos ricos em gordura na mesma hora e durante o mesmo período de tempo todos os dias.
Os outros ratos foram divididos em grupos que comiam pouca gordura em horários fixos, pouca gordura sem horários fixos (na quantidade e frequência que escolhessem) e muita gordura sem horários fixos.
Ao concluir o experimento, a equipe do professor Froy percebeu que todos os quatro grupos de ratos haviam engordado, principalmente os que comiam gordura sem horários fixos.
No entanto, os ratos que comiam gordura em horários controlados ganharam menos peso até do que aqueles que tinham ingerido pouca gordura, apesar de ambos terem consumido a mesma quantidade de calorias totais.
Os ratos com horários controlados também desenvolveram um estado metabólico especial, em que as gorduras ingeridas não eram acumuladas, e, sim, utilizadas pelo organismo para produzir energia os períodos entre as refeições.

domingo, 16 de setembro de 2012

Implante no cérebro melhora a inteligência de macacos

Tratamento poderá, no futuro, ajudar pessoas com demência, derrames ou lesões cerebrais. É a primeira demonstração em primatas de uma prótese no órgão


Para o estudo, os pesquisadores treinaram cinco macacos a brincar de um jogo de ligar as imagens
Foto: AP/Don Ryan

Cientistas da Universidade do Sul da Califórnia desenvolveram um implante de cérebro que afiou a capacidade de decisão e restaurou a capacidade mental de macacos. É a primeira demonstração em primatas de uma prótese no órgão que eventualmente, através de ajustes de comunicação entre os neurônios, poderá ajudar pessoas com demência, derrames ou lesões cerebrais.

O equipamento, apesar de distante de um possível desenvolvimento para fins comerciais, dá aos pesquisadores um modelo sobre melhorar as habilidades mentais do córtex frontal do cérebro, que é responsável pelos atos de pensar e planejar.

 Para o estudo, os pesquisadores treinaram cinco macacos a brincar de um jogo de ligar as imagens. Os animais viam uma foto (um brinquedo, uma pessoa, uma montanha) e tentavam reconhecê-la minutos depois entre diversas reunidas em um mesmo lugar. Eram recompensados com um alimento a cada resposta correta. Depois de dois anos de prática, passaram a ter uma média de 75% de acertos nos exames fáces e 40% nos difíceis.

 Durante a pesquisa, foram implantados dois sensores nos macacos. Os dispositivos mediram a capacidade de decisão nos animais. Tudo que era pensado era registrado no computador. Durante o momento da escolha no jogo, o equipamento enviava um sinal ao cérebro dos animais, o que melhorava a performance em 10%.

 Na última década, cientistas desenvolveram implantes de cérebro que melhoram a visão ou permitem às pessoas deficientes usar o pensamento para controlar próteses ou mover o cursor de um computador. Outros estudos mostraram que o método funciona para desenvolver a memória de roedores.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Redemoinho de cores ao céu do Canadá


Tons de vermelho e verde invadem céu de Whitehorse
Foto: Reuters

 Redemoinhos de verde e vermelho aparecem em uma aurora sobre o Rio Yukon, no território canadense de Whitehorse, na noite da segunda-feira passada. A tempestade solar deveu-se ao encontro da ejeção de massa coronal do Sol com a camada mais externa da Terra, a magnetosfera.

 A ejeção de massa coronal é uma grande explosão irrompida no Sol. Segundo o Centro de Predição do Clima Espacial da Nasa, explosões colossais de partículas serão mais comuns nos dois próximos anos, até que o astro atinja o máximo solar, como é conhecido o pico de sua atividade. As mais perigosas liberam energia equivalente à de milhares de bombas atômicas. O Sol passa 11 anos com alta atividade solar e outros 11 em baixa.


terça-feira, 11 de setembro de 2012

LISTA DOS DEZ MAIS EM TECNOLOGIAS ESTRATÉGICAS

1. Cuidados médicos e de saúde, geneticamente baseados:

Durante os próximos 20 anos, nós testemunharemos uma explosão de tecnologia médica originária de pesquisa genética, que nos dará a oportunidade de identificar e corrigir diversas doenças geneticamente baseadas antes mesmo de seu surgimento ainda no útero materno.

Uma gama extensiva de novos medicamentos, originários de pesquisas genéticas, entrarão no mercado nos próximos 20 anos, conduzindo a tratamentos, curas e medidas preventivas. Eles poderão variar de tratamentos para doenças que ameaçam a vida, até a desordens psicológicas
ou simples problemas estéticos.

O mais incrível é que alguns destes tratamentos serão personalizados para satisfazer exclusivamente as necessidades individuais de cada um.

“Seu doutor terá um registro de sua composição genética”, diz Eric Majewski, “e poderá prescrever medicamentos, dietas, ou outros tratamentos ajustáveis às suas necessidades particulares. Isto realmente será a última palavra em tratamento individualizado.”

Os previsores do Instituto Battelle prevêem, também, que a pesquisa genética conduzirá a órgãos humanos clonados dentro de 20 anos. Estes órgãos serão desenvolvidos e usados em transplantes.


2. Energia de alto poder:


Desenvolvimentos como o de baterias altamente avançadas, pilhas baratas, e micro-geradores de eletricidade, facilitarão para que muitos de nossos produtos eletrônicos e eletrodomésticos se tornem altamente móveis. Amplas serão as fontes de distribuição de energia, serão baratas e ambientalmente corretas.

Estes novos sistemas de distribuição de energia de alto poder, proverão auxílio de energia para eletrodomésticos, casas, e veículos. Nesta transição de pilhas, nós veremos melhorias nas baterias, que talvez serão recarregadas pela energia solar e pequenos geradores solares abastecidos
por gás natural.


3. Tecnologia Verde Integrada (Greentech)
:

O aglomerado global, os medos da mudança do clima global e as montanhas de lixo trarão os conceitos ambientais à vanguarda de consumidores e da indústria ao redor do mundo. A tecnologia proverá as respostas, com novos sistemas que eliminam o desperdício ao invés de apenas reduzi-lo.

“A integração de uma variedade de tecnologias é a chave aqui”, diz Gerry Stokes, Diretor Associado do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico. “Nós usaremos sensores avançados, novos materiais, sistemas de computador, sistemas de energia e tecnologias industriais para eliminar
desperdício e fazer nossos produtos completamente recicláveis.”

GreenTech será especialmente importante na agricultura, mineração, indústria e sistemas de transporte.

4. Computação onipresente:

Computadores estarão em todos os lugares.
Estaremos em constante contato com cada computador, em miniatura, sem fios, altamente móvel, potente, personalizado e com acesso de rede.

Tais computadores podem aparecer no mercado, primeiramente, como um relógio ou uma jóia, capazes de funcionar como telefones celulares e, é claro, como computador. Mais tarde, nós teremos computadores embutidos em nossa roupa e possivelmente implantados debaixo de nossa pele.

5. Nanomáquinas:

Máquinas microscópicas, medidas em átomos ao invés de milímetros, revolucionarão várias indústrias e poderão executar uma gama extensiva de trabalhos, que irão desde aquecer nossas casas até curar o câncer.

Os pesquisadores do Instituto Battelle vêem a indústria de medicamentos como a área mais importante para tecnologia de nanomáquinas até 2020. “Nós desenvolveremos nanomáquinas que entrarão no corpo, encontrarão e destruirão células cancerígenas sem prejudicar as células
saudáveis”, declara o cientista e pesquisador sênior do Instituto Battelle, Kevin Priddy.

Nanomáquinas também poderão ser usadas para aplicar drogas em pontos altamente delicados do corpo, limpar artérias e corrigir o coração, cérebro e outros órgãos sem cirurgia.

6. Transporte público personalizado:

O crescimento continuando das cidades provocará uma sobrecarga da infra-estrutura do transporte.
Além disso, os pesquisadores do Instituto Battelle dizem que, uma população mais velha, preocupada com segurança, conveniência e independência, ajudará a manter a alta demanda de veículos personalizados.

O desafio será integrar diversos carros individuais dentro de uma rede de transporte público coordenada e aperfeiçoada. “Realisticamente, sistemas de transporte público como trens e metrôs são os modos mais eficientes para transportar as pessoas em um denso ambiente urbano”, diz Millett. “Mas muitos de nós não queremos abrir mão de nossos carros.

Assim, a tecnologia nos ajudará a transformar nossos carros em o que será quase o transporte público personalizado”.

Novos sistemas de informática trabalharão integrados com sistemas de controle de tráfico central para guiar os carros para seu destino pela rota mais rápida. Engarrafamentos serão substancialmente eliminados quando as pessoas começarem a dirigir seus veículos para estacionamentos remotos e, de lá, pegarem trens altamente avançados e confortáveis para o centro da cidade ou para outras cidades.

7. Colheitas e alimentos:

As prateleiras das lojas de alimentos serão enchidas com alimentos geneticamente alterados, ambientalmente corretos e altamente nutritivos. Através da engenharia genética, os pesquisadores desenvolverão colheitas que resistam a doenças e pestes, reduzindo destas forma, a necessidade de praguicidas e outras substâncias químicas.

O Instituto Battelle prediz que a maioria da comida vendida em supermercados virá da engenharia genética de frutas, legumes, e da criação genética de animais. Quase todo o algodão e lã para nossa roupa serão geneticamente fabricados.

Até mesmo gramados poderiam ser geneticamente criados. Precisariam de menos fertilizante e praguicida e, melhor ainda, cresceriam mais lentamente.

8. Produtos e eletrodomésticos inteligentes:

Avanços na capacidade tecnológica levarão a produção de computadores menores e mais poderosos, que acrescentarão inteligência surpreendente a eletrodomésticos e outros produtos.

Estes produtos incluirão: telefones, com extensas listas telefônicas; embalagem de comida inteligente, que ensinará seu forno como cozinhar a comida; refrigeradores, que ajudarão a fazer sua lista de compras e que lhe dirão onde adquirir o melhor preço dos produtos; e, uma torradeira que não queime sua torrada.

9. Água mundialmente barata e segura:

Dentro dos próximos 20 anos, a água poderá se tornar um artigo caro ao redor do mundo.

Porém, antes da escassez de água tornar-se crítica, a tecnologia superará o desafio com filtros avançados, processamentos, e suprimento de água potável. Dessalinização de água e extração de água do ar serão duas possibilidades.

“Nosso maior desafio tecnológico das próximas duas décadas poderá ser o de desenvolver novos meios de tornar a água pura, abundante e barata por todo o mundo”, declara Kopp.

10. Super-sentidos:

Uma das tecnologias em evidência hoje em dia é a realidade virtual. Entretanto, em 20 anos, nós ainda estaremos maravilhados com a “intensificação da realidade”. Usando sensores e tecnologia eletrônica ou genética, nós poderemos implantar dispositivos que nos permitirão ouvir melhor que antes, ver mais longe ou na escuridão.

Gerry Stokes diz que a tecnologia será usada para aumentar primeiro a audição. “A geração dos baby boomers tem vivido dentro de um mundo muito ruidoso com a música do rock, barulho dos aviões, equipamentos de construção, cortadores de grama e outras agressões para a audição.

 E, conforme eles envelhecem, manifestam-se uma série de problemas de audição”, diz Stokes. “Nós seremos capazes de corrigir o dano, mas por que parar na simples correção? Por que não fazer sua audição melhor do que sempre se supôs?”

fonte: Estudos Prospectivos Prospecção tecnológica: melhores negócios do futuro, desafios e
oportunidades INSTITUTO BATTELLE

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Espinafre com silício produz mais energia que células solares

Mistura de proteína com semimetal produz níveis quase mil vezes maiores do que foi alcançado até hoje em experiências similares.
 
As propriedades elétricas do silício são adaptadas para combinar com a proteína
Foto: Divulgação
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, desenvolveu uma maneira de combinar a proteína fotossintética do espinafre com o silício, material que converte luz em energia eletroquímica. O resultado é uma corrente elétrica maior do que a geralmente registrada por células solares híbridas.

— A combinação produz níveis quase mil vezes maiores do que fomos capazes de alcançar pelo depósito de proteína em metais. Gera também ainda mais tensão — revela David Cliffel, um dos autores do estudo. — Se continuarmos nesta trajetória de aumento de níveis de corrente, podemos atingir, em três anos, uma ampla gama de tecnologia de conversão de energia solar.

Uma hipótese para o sucesso do experimento, dizem os cientistas, é a adaptação das propriedades elétricas do silício para atender a proteína. Isso é feito através da implantação de átomos carregados eletricamente para alterar a propriedade do elemento.

O próximo passo dos pesquisadores é criar uma célula solar de silício que utilize esta propriedades. Um painel de dois metros de altura com esta tecnologia poderia gerar, no mínimo, 100 miliamperes em um volt. É o suficiente para abastecer diversos tipos de aparelhos eletrônicos de pequeno porte.

Há mais de 40 anos, cientistas descobriram que proteínas envolvidas na fotossíntese continuam a funcionar mesmo quando extraídas a partir de plantas como espinafre. Descobriram também que a eficiência de geração elétrica é de 100%, em comparação com os 40% menos do obtido com dispositivos artificiais. Desde então, pesquisadores de todo o mundo buscam usá-las para criar células mais eficientes.