sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A água como combustível: Agora mais fácil


Em poucos anos os combustíveis fósseis serão uma excessão: em parte, porque são não renováveis; não obstante, representam uma das maiores fontes de poluição humana. Em poucos anos, o seu automóvel será movido a água. 
 
A extração do gás hidrogênio da água para uso como combustível não é uma idéia nova. Ainda não é largamente empregada porque este processo requer muita energia que, em geral, deve ser obtida de outra fonte. Químicos japoneses parecem ter encontrado uma solução: eles desenvolveram um material que utiliza a luz do sol para reduzir os átomos do hidrogênio da água. De acordo com os resultados preliminares, logo o hidrogênio será tão comum e disponível quanto do GLP ou gás natural.

O hidrogênio é, dentre todos, o combustível ideal. Na combustão, oferece uma grande quantidade de energia e não produz qualquer poluente: o produto da combustão do H2 é a água. Também pode ser utilizada em células de combustível - de fato, é um dos constituintes preferidos para tais artefatos. O hidrogênio pode ser extraido da água, através de sua eletrólise. Infelizmente, porém, este é um processo que requer bastante energia que, em geral, utiliza tecnologia poluidora e não renovável. A idéia de se utilizar um fotocatalisador para promover a fotólise da água não é nova; entretanto, até agora somente catalisadores que operavam na faixa ultravioleta da luz solar haviam sido desenvolvido, o que os tornavam pouco eficazes. Os poucos fotocatalisadores que aproveitavam a faixa visível do espectro solar eram pouco estáveis e inutilizáveis. Zhigang Zou, do National Institute of Advanced Industrial Sciece and Technology, em Tsukuba, desenvolveu, com seus colegas, um fotocatalisador que é muito estável, e utiliza a energia da luz solar para "quebrar" as moléculas de água. Ainda não é muito eficiente: quase 99% da energia solar não é utilizada. Mas é o melhor que já surgiu. 

O material é um óxido metálico, de Índio, Níquel e Tantálio; Zou observou que a eficácia depende da quantidade do níquel no material e da superfície de contato. O estudo está só começando e os pesquisadores garantem que, muito em breve, estarão lançando no mercado o primeiro fotocatalisador comercialmente viável para obtenção de hidrogênio gasoso a partir da água líquida.

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